[Missão] A Diversão dos Ayakashis

- Tá, tá. - murmurei ao telefone. - Deixei a comida na geladeira, vê se esquenta direito. Onde já se viu eu ter que cozinhar pra uma garota da sua idade.
Eu caminhava pelo parque com cuidado. Shurako não estava presente já que não havia necessidade de usar um Shinki para acabar com meros Ayakashi. Genbu havia lhe - forçado - convencido á ir até aquele lugar quando ele havia dito ter recebido um pedido de um mortal. Qual é, nem se quer ficava em minha área de atividade. O cara deveria ser um nerd idiota. Bom ela insistiu que o Parque ficava no oeste da cidade mas ainda assim não mudava nada. E agora ele era forçado á explicar para ela que tinha deixado a comida pronta no micro-ondas.
- Certo, se cuida. - disse irritado. - Se o Sei aparecer diga pra ele que a lata de lixo tá do lado da pia e ele pode comer o que quiser. O que? Tá bom. Estou desligando.
Não havia muita coisa por ali. Só um parque de diversão mortal. Fiquei tentado á explodir a roda gigante com um relâmpago mas não havia motivo já que estava fechando. Segundo o pedido que recebera havia algum Ayakashi influenciando um mortal ridículo qualquer. Pra ser sincero queria apenas comer um Ayakashi ou dois e ir pra casa. Foi quando cruzei com eles. As duas figuras estavam ali parados, do outro lado do parque. Mesmo com o rosto coberto pelo capuz eles devem ter me notado.

- Eu sou seu primo, retardado. - disse acertando um tapa na testa de Tsukuyomi. - O que faz aqui?
Tirei o capuz branco da cabeça. A garota ao lado dele devia ser a Shinki criada por Susano'o, Magatama. Ele não devia ter reparado no fato de eu ser um pouco mais chinês do que a maioria. Olhei para a garota que parecia irritada com minha última ação. Era baixinha, tinha uma expressão irritada fofinha e parecia esperta. Não fazia meu tipo mas até que era bonitinha. Olhei por cima do ombro enquanto os mortais deixavam o parque conforme o mesmo se preparava para fechar.
- Ei baixinha, se tiver algum problema com meus modos bote a conta no nome de Byakko. - disse como fazia para os donos de bares no Limbo ou em Takamagahara em que frequentava.
Meu nome foi suficiente para fazê-la dar um passo para trás. Não era um equivoco. Eu tinha noção de que muitos me conheciam por meu lado, ahn... Gourmet? Ok, não me culpe. Você nunca experimentou um dragão. A carne deles é uma delicia. Então observei o local.
- Levarei em conta que está aqui pelo pedido do dono. - murmurei. - Droga, se eu soubesse não teria vindo.
De repente. Meu olfato ativou-se. Algo se aproximava. Eu fiquei em alerta. Mas prestei atenção no que meu primo preparava-se para dizer.

O bom de ser um tigre é ser um tigre. Tsukuyomi havia notado sua inquietação. Devia pensar que iria atacar de primeira assim que visse. Imagino que ele tenha consciência do que é um verdadeiro predador nas não que saiba que eu ajo como um. Observei com cuidado a cena. Um segurança caiu. Outro segurança fugiu. O homem se virou para mim. Não parecia um adversário muito bom. Assim que o Ayakashi saltou ele atingiu apenas minha imagem atrasada. Uma miragem de velocidade. O Ayakashi vermelho notou que eu havia subido e sentado no topo da roda gigante. Dei um sorriso. As coisas iriam ficar divertidas.
- Acho que vou adiantar o café da manhã. - murmurei lambendo os beiços.
Tomei minha forma verdadeira: um tigre branco que mesmo em quatro patas alcançava facilmente os quatro metros de altura. Saltei para o chão e observei o Ayakashi. Minha tática era simples: acertar uma mordida na jugular e então derrubá-lo. Depois disso seria mais fácil. Mas algo parecia errado. Minha visão e meu olfato me noticiaram algo que poderia estragar meu combate: um espírito. Mesmo preocupado eu tentei minha estratégia em um bote largo. Caso acontecesse algo o espírito pelo menos poderia fugir dali.
- Saia logo daqui! - rugi em chinês.

Ele queria minha cauda? Ele teria minha cauda! Decidi que me importaria com o espírito depois. Minha fome me dava forças. Com um movimento rápido voltei a forma humana para me desvencilhar e saltei novamente para acertá-lo um chute. Imediatamente eu poderia Voltar á minha forma verdadeira e tentar subjugá-lo com minhas garras e presas. Não havia muito problema nisso.
- Um tigre comer um gato seria canibalismo? - me perguntei.
Minha próxima intenção era agarrá-lo pelo cangote e jogá-lo contra o outro Ayakashi. Talvez funcionasse. Talvez não. Mas era necessário. Eu ainda sentia a presença do espírito esperava que não fosse um empecilho. Estava realmente preocupado com a segurança dele. Brincadeirinha! Se ele fosse corrompido ou não... Seria só mais um lanche. Mas se Genbu soubesse que não havia feito o trabalho direito... Não ia ser nada bom... Por isso para minha saúde decidi acabar logo com aquilo.
- Ei primo faça esse seu colar equilibrar os dois. - murmurei.

- Droga. - murmurei.
Câimbra logo naquela hora. Voltei a forma humana e estalei as juntas. O deus do metal estava enferrujado. Santa ironia. Bom, fazia tempo que eu não lutava mesmo. Uma ideia de repente me veio á cabeça. Ataquei ainda na forma humana tentando acertar uma voadora no gato gigante apenas para afastá-lo. Em seguida corri.
- Atraia a atenção deles. - eu gritei. - Eu já volto!
Corri pelo parque atentamente. Meus instintos me guiavam. meu humor devia estar afetando o clima pois alguns raios começavam á cair. Olhava para os lados procurando o tal espírito. Assim poderia voltar até Tsukuyomi e ajudá-lo sem parecer um velho rançoso, o que atualmente eu sou. parei de repente atento. Cerrei os punhos olhando uma pilastra. Percebi que havia muito aço pelo pátio. Me aproveitei disso. Soquei a barra de ferro mais próxima e um relâmpago se conduziu pelo metal. Com sorte a eletricidade chegaria até eles. Voltei-me em seguinte á minha caçada.

Nunca pensei que seria tão fácil. O espírito subia a roda gigante levemente. Deve ter me visto já que procurou se esconder. De um salto encontrei a aparição. Parecia um lobo peludo fosforescente. Brilhava com um leve tom azul. Mas era obviamente puro. Dei um sorriso vitorioso. No meio do ar, movi os dois dedos:
- E aí! - cumprimentei e em seguida conjurei: - Tu, que não tens para onde ir ou para quem voltar, eu lhe concedo um nome. Eu sou o deus Ssu Ling Bai Hu no Byakko, e perante este nome tu deves ficar! Assim, eu lhe chamo Mik! Como arma, Garu-Koujin! Como pessoa, Mikko. Portanto venha, para servir teu mestre!!
Assim que conseguisse eu poderia voltar até Tsukuyomi e ajudá-lo com os gatos assassinos. Por outro lado teria mais um estorvo para cuidar além de Shurako. Não me importava no fundo. Só queria sair daquele parque de uma vez. Cruzei os braços. Esperava ter funcionado. Eu também mereço uns brinquedinhos novos de vez em quando.


Caso eu consiga:

Nome: Mik
Nome (arma): Garu-Koujin
Nome (humano): Mikko
Forma: Aramado de Kunai. Um armamento com várias Kunais presas por cordas fortes de aço negro. Ficam escondidas nas roupas de modo que são rápidas e furtivas. Pode-se usar quantas quiser forem necessárias. Um aramado normal possui entre 300 á 320 Kunais.